A perspectiva desse blog é pensar e refletir as dimensões de uma antropologia sexual saudável. Sabe-se que desafios e metamorfoses emergem, com o mundo virtual para as relações humanas.O poliamor é uma perspectiva antropológica outra de se viver a sexualidade de modo integral. A família de hoje asfixia-se entre os muros de uma estrutura familiar patriarcal. Sabe-se que esse modelo é anacrônico e limitador do processo natural e humano da vida da sexualidade: prazeroso, cuidadoso e amoroso.
domingo, 13 de novembro de 2011
PRELIMINARES – É necessário tirar as arestas de confusões feitas, nesse campo e a respeito da sexualidade, pelos animais racionais, que buscam se tornar humanos. Ela foi, desde a pré-história da humanidade, desentendida, confundida e descaracterizada. As igrejas a confundem com sexo; os espaços de educação a tratam como uma doença que levaria a uma gravidez precoce ou em doenças sexualmente transmissível ou distúrbio de conduta; os cursos de psicologia a tratam de maneira néscia e na internet, Wikipédia e google, não se encontra nada de significativo e coerente com a natureza e a essência que lhes é própria. Pode-se dizer que ela é a eterna desconhecida, ignorada, silenciada e sufocada. Sexualidade não é sexo. Faz parte da sexualidade o sexo. Ela está disseminada em todo o ser, em todo o cosmos de relacionamento. Ela foi tornada um afeto desafetuado que não afeta ninguém, um desejo indesejado e que é abominado, e um querer desatendido que não pode ser querido. Quando se torna a sexualidade insignificante a vida das pessoas fica desfigurada, a pele sem aquela essência natural produzida po seu húmos da paixão que seduz sempre. Nao nutrir a sexualidade ou o amor significa matar sua potência política e cósmica.
SEXUALIDADE - O que vai ser dito aqui não é nada de novo no propósito desse blog. E por isso, o que aqui se transcreve, de modo sistemático, já foi trabalhado de modo analógico em textos escritos sobre essa matéria desse autor. Existe outro trabalho escrito sobre sexualidade. E nesse texto, já dito de outra forma, o que se trabalha nesse momento é a conexão e vinculo com o amor, tema também já desenvolvido. Pretende-se problematizar mais uma vez, agora de modo articulado com amor e política, sobre a sexualidade. Pensa e se faz elucubrações sobre a sexualidade, que se expressa como: comunicação do si mesmo como eu dos outros, conexão com todo o entorno, e não só com as pessoas no ato sexual e de sexualidade enquanto uma questão científica e antropológica.
CIÊNCIA (Freud) E FILOSOFIA (Platão) - Vou iniciar, justificando o que tem na sexualidade de científico; ela se embasa na visão freudiana de que o homem e a mulher são animais sexuados, desde o ventre materno; no ventre eles recebem os influxos dos sentimentos e emoções de sua conexão primordial. Para Platão a ANIMA, ser humano, tem três almas, uma irascivel¸ outra concupiscível e uma terceira que ele chamou de racional. Isso poderia ser o mesmo sentido que em Freud, ao caracterizar a Psiquê do homem em id, ego e superego? Esse é o pressuposto hipotético dessa a relação simbiótica, entre filosofia e psicanálise, que sustenta e embasa esse texto. Para Freud a sexualidade tem uma historia e um processo de desenvolvimento, que não se encerra com a última das fases. Desenvolvimento esse que nunca cessa, sobretudo se tiver vivido cada uma das fases sem traumas. A nossa sexualidade perpassa todo o nosso ser. O lado biológico é invadido pelo antropológico. O lado biológico é aquele que nos fez, compostos de pares de cromossomos, masculinos e femininos. Desenvolve-se um ou outro, a partir da vida em sociedade, que será a determinado pelo meio cultural, religião e instituições e o social. Isso é o que se denomina de antropológico. A cultura e as relações culturais, estabelecidas no meio em que ela se desenvolve humaniza, emancipa ou de modo paradoxal, deixa a pessoa cheia de pudores ou despudorada; limitadas em suas manifestações de afeto e do modo de desejar de querer; permite que ela levante voo diante das infinitas possibilidades das conexões das dialogicidade e dialéticas do mundo virtual.
SEXUALIDADE E POLITICA - Em Platão, que concebe o homem como um animal político, é um ‘DEVER’ educar o ser que precisa se humanizar. A educação tem o propósito de fazer com que aprenda a governar a si, o seu ser a partir do aprender a pensar em tripla (irascivel, concupiscível e racional) racionalidade, ou à polis, a cidade o desejo e a vontade de todo o cidadão. A sexualidade, e aqui é uma inferência, precisa ser educada para que os humanos aprendam a dirigir a si e à cidade, sem que faça dela espaço privado de ninguém. Ele deve aprender a governar conforme não seus desejos e sim para atender aos desejos e fazer a vontade de todos, o bem comum. Quem não tem uma sexualidade desenvolvida não pode e nem sabe guiar a si e aos outros. Ele não tendo educada a sua vontade, os seus desejos e os seus quereres é um ser mais irracional que todos os outros animais. Só faz política quem tem uma sexualidade humanizada e equilibrada, que é o cuidado com o teu todo. Só tem uma sexualidade equilibrada e humana quem faz política que ‘é o cuidado com o todo’ dos outros. Então, sexualidade é o cuidado do o todo seu, que é sua morada e a política é o cuidado com o todo, ‘de todos’, que é de todos e de ninguém.
O AMOR – Pouco se diz de amor que tenha sentido e propriedade, sem que não se recorra, de modo metafóricos, aos mitos, O mito de Eros o deus do amor grego é uma imagem falante sempiterno. Quando ele nasceu provocou uma balbúrdia no ‘monte olimpo’, morada dos deuses gregos. o Eros. Na visão mítica transcrita na ‘Odisseia’ de Homero, isso é traduzido no diálogo de Helena com Pólex, filho de Tindalo. Helena de Tróia, filha de Zeus e uma mortal, ela tinha em si esses atributos, doado pelos deuses, da beleza e espírito inscritos nos cosmos, que a todos atrai, encanta e seduz. Essa narrativa mítica traduz isso. Eros é um jovem que seduz a todas com as flechas de se arco. Ele nunca envelhece e seu espírito é sempre jovializador. O amor sempre revoluciona, gera confusão e liberdade nas pessoas que o vivem. Ele torna as pessoas sem fronteiras, ilimitadas e por que não dizer, imortais. Quem tem amor e ama de modo cósmico ninguém manipula e ou controla, é livre. A beleza e o espírito são atributos inerentes ao amor e ao amante.Assim era a imagem e o que irradiava helena de Tróia, personagem de HOMERO na Mitologia Grega. Todos buscam esses atributos em suas vidas. As relações, os casamentos, os vínculos deveriam se propor em efetivar esses princípios. No mito o amor é inato, atributo herdado diretamente dos deuses. Para eles tudo era um e um era tudo. O amor na acepção filosófica é invenção, construção e transformação dos humanos, inerentes a eles, como dádiva e predileção dos deuses. Um dos sentidos semânticos da filosofia é philia, de filos, que ao mesmo tempo é ser amante, amigo e cuidador. O amor tem em si a fagulha da ‘mudança dialética’ e por isso se torna cada vez mais humanizável e mutante. Ele tem em sua química, a capacidade de misturar e conectar simbioticamente e em sua física, uma energia vital que circula pelas veias invisíveis do cosmos, que conecta as pessoas consigo mesmas, com o seu entorno e faz a ligadura com cosmos. Hegel já dizia que o amor está em nós por que tempos em nós a semente em desenvolvimento que herdamos do amor que é a atmosfera que respiramos. As religiões e igrejas que tem uma antropologia patriarcal tentaram domesticá-lo, privatizá-lo e domá-lo. Uma tentativa em vão que durou muitos séculos. Hoje essa referencia e antropologia ocidental desse amor patriarcal, cortês, burguês e cristão androcêntrico, encontra-se em crise, asfixiando-se diante das possibilidades mil, trazidas pelas novas tecnologias e as redes sociais geradas pela internet. FILME HELENA DE TRÓIA - Assista ou veja o filme helena de tróia que ele visualiza e exemplifica esssa relação entre amor, política e sexualidade
SEXUALIDADE, AMOR E MULHERES – O amor e a sexualidade tem a mesma natureza e circulam em todo o ser, em todos os seres e em todo o cosmos animado. Nas pessoas ela circula pelos sentidos, os cinco sentidos. Quanto mais sensível mais humano, mais criativo e incentivo. Os artistas e os poetas, cientistas e as mulheres são os que mais dão vida e guarida à sexualidade tem como filha a sensibilidade. A feminilidade é filha herdeira dos valores da sensibilidade cuidada e alimentada. A mulher fez dela seu jardim e sua morada, mesmo sendo feita objeto de uso e abuso, e nela habitou e se tornou sua ‘jardineira mor.’ Lembre-se de Freud, que descobriu que a sexualidade tem fases. E uma dessas fases se inicia por um dos cinco sentidos. Ela toma forma a partir de um dos sentidos, o oral, a boca. Da boca provém a fala, o discurso, o verbo que engravida o mundo ou aborta a vida com a palavra que anima, afugenta e aprisiona ou agrilhoa. E assim sucessivamente. São os cinco sentidos que permitem que a sexualidade tome forma, desenvolva-se seja corporificado nas pessoas. O amor é energia e é química, no desenho da composição cromossômica herdada da genética dos pais e que se movimenta e desenvolve em tudo e em todos. A sexualidade é refinamento dos sentidos. O amor é o amadurecimento resultante das conexões, frutos das relações tidas e mantidas, desde que sejam éticas, justas e prazerosas. Amor e amar nada tem de herança mais é sinergia circulante nas veias do cosmos. Do cosmos que fomos engendrados e nele convivemos e dele cuidamos ou degeneramos os seus seres. O modo como amamos ou vivemos a sexualidade está sendo ECOada nas outras pessoas, em nosso mundo interno e no cosmos, nosso morada e morada de todos. Por isso que o amor e sexualidades são POLIticos e ECOlógicos. Todo amor que é amor, em sua natureza e essência, deve engendrar a vida, dignificar as pessoas e edificar o cosmos. Todo amor e ou sexualidade é feminino, energia da física e amálgama da química. Assim sendo, amar, viver a sexualidade é próprio de humanos sensíveis, afetuosos, políticos e ecológicos. A mulher é o modelo de amar e de cuidar do ser, pela concepção e gravidez, e de cuidar do cosmos pela sua natureza e essência que evoluíram, apesar da primitiva e pré-histórica estilo de ser dos homens desnaturados de sexualidade e amorosidade.
RELACIONAMENTOS E TECNOLOGIAS – A única coisa que não muda é o mundo em seu eterno fluir e os seres no mundo que se metamorfoseiam sempre. Tudo muda e ninguém e nem um ser, animado ou inanimado, no mundo é a mesma coisa no dia seguinte. Eis o desafio que está posto. É para corresponder, a essas mudanças e as pessoas nesse mundo coabitarem, a ciência que dá razão de ser a tudo isso diuturnamente, cria possibilidades novas de se conviver nesse mundo sem se desumanizar. Desde a invenção do fogo, simbolicamente a primeira tecnologia, que permite que a natureza e o seu mundo deixasse de ser uma ameaça, até hoje se descobre e se cria tecnologias que dão segurança, conectam e humanizam as pessoas. As pessoas se relacionam em um mundo que muda. Assim também é preciso ter em mente que as relações adquirem outra configuração. Quando isso não acontece as pessoas perdem a sintonia e a onda das tecnologias que fluíram fazem com que ela fiquem caducas, de modo precoce e ou mesmo sendo jovens, elas entram em crise e ou se refugiam nas igrejas sensacionalistas ou fatalistas e se desumanizam. Quando surgem as tecnologias, em cada contexto, elas ou já são reflexos de novas mentalidades criadas, e ou, desenham novos paradigmas. E assim todas as formas de vida e conexões humanas, sejam instituições sociais, educacionais são impactadas. Em nosso tempo de redes sociais e conexões ilimitadas e sem fronteiras, de emancipação da mulher, de possibilidades de relacionamentos de pessoas do mesmo gênero, das possibilidades de viver a sexualidade de modo Bissexual, homossexual, Pansexual, Transexual e polimoroso isso tudo provoca um tsunami na vida e no modelo de relação patriarcal e androcêntrica. O modelo de família privatizado, e que doma a natureza do amor e que sufoca e silencia da sua livre expressão, estão com os dias contados. Na verdade a crise se anuncia há muito tempo. Agora ela só se levanta do meio das cinzas de anos de violência da natureza do amor e do afeto humano.Um novo modelo de conexão, para além da família patriarcal, machista, homofóbica, pedófila se visibiliza e desabrocha. Ela também não é o último modelo. Ela pode vir a mudar em qualquer novo contexto.
PROPEDÊUTICA - Esse filme-documentário coloca em reflexão uma questão que era matéria de debate desde os estoicos da Grécia antiga. Na religião e na filosofia Espinoza reafirmou a mesma percepção. Pertencemos ao cosmos e não ao contrário. Está a disposição no site: http://video.google.com/videoplay?docid=7459042650018594670. Quem quiser ir à fonte e navegar nesse mundo de conexões, sinta-se convidado. Ele pode ser um trampolim, que projeta, a cada um que siga a luz de sua razão, imaginação e alma de EROS presentes em nosso inconsciente, naquilo que Freud chamou de LIBIDO. Faço hermenêutica identificando amor e libido: Eros e libido. É a força vital que impulsiona. Eros e Libido nunca se casam, no modelo patriarcal. Estão irmanados como força vital. HERMENÊUTICA- Pode-se entender hermenêutica, o que no wikipédia está dito sobre isso: o termo "hermenêutica" provém do verbo grego "hermēneuein" e significa "declarar", "anunciar", "interpretar", "esclarecer" e, por último, "traduzir". Significa que alguma coisa é "tornada compreensível" ou "levada à compreensão". Reafirmo o sentido derivado da mitologia grega também como: [...] Alguns defendem que o termo deriva do nome do deus da mitologia grega Hermes, o mensageiro dos deuses, a quem os gregos atribuíam a origem da linguagem e da escrita e considerado o patrono da comunicação e do entendimento humano. O certo é que este termo originalmente exprimia a compreensão e a exposição de uma sentença "dos deuses", a qual precisa de uma interpretação para ser apreendida corretamente.[...]Hermenêutica é a arte de resgatar no aparente o sentido latente do que permanece vivo, latente, pulsante, falante e gritante. PANTEÍSMOS E O AMOR POLI - Panteísmo é uma crença que identifica o universo (em grego: pan,tudo) com o Deus (AMOR) (em grego: theos). O que será feito no início desse trabalho é fazer uma analogia entre, o sentido que tem esse vídeo, SOMOS TODOS UM, com o amor poli panteísta. Em todas as religiões o eixo é o amor. Observe o que o wikipédia caracteriza como sendo a religião: (do latim: religare, significando religação com o divino [1]) é um conjunto de crenças sobre as causas, natureza e finalidade da vida e do universo.Observe o sentido 'Ser UM em todos e todos em UM, tem um sentido original e fundante, de tudo e de todos, desde que foi descoberto e inventado pelos humanos. O amor original e originante do amor foi usurpado e destituído de sentido pela cultura patriarcal e assim ele perdeu o seu sentido ilimitado e sem fronteiras. Percebe-se nele todos os indícios do amor poli. E esse vídeo-filme acena e aponta a possibilidade de viver e ter dois amores. O visível e o invisível.
AMOR POLI, RELIGIÃO E PANTEÍSMOS - Assim se pode inferir nessas preliminares que amor poli, panteismos e religião têm o mesmo sentido. Aspira-se a união do particular, as pessoas, entre si em sinergia, sonha-se com a conexão total das pessoas com o cosmo. Todos estamos conectados, é um fato, admita-se ou não. Muitos agem como o avestruz diante do caçador: enfiam a cabeça nas tradições. Estamos sendo alertados o tempo todo, pelas tempestades que acenam luzes no fim do túnel desse mundo decadente, do amor patriarcal, ciumento, possessivo e que é gerado de violência contra a mulheres no interior dos lares tidos como núcleo do mundo moderno. O terceiro episódio apresentado na noite do dia 21 de junho de 2011 foi apresentado na Rede globo, o 3º episódio da série A MULHER INVISÍVEL, que é baseado no filme do mesmo nome. Foi mostrado um casamento entre um homem e duas mulheres. O que isso pode significar, já que falamos nesse texto em exercitar a arte de buscar significados? É possível que haja um dia um casamento nesses moldes?
AMOR: VISÍVEL E INVISÍVEL - É possível ver o amor andando pelas ruas e lares? Alguém já viu a felicidade desfilando pelas ruas e locais de trabalho? Alguém consegue descobrir por onde anda o desejo, a imaginação, a paixão? Na verdade o que se visualiza são pessoas felizes, amando, imaginando, apaixonadas, desejando e sendo gente com as gentes. O seriado, em uma leitura hermenêutica, critica essa separação e descaracterização entre o amor real e o amor ideal, entre os amores domesticados e invisíveis, nos lares de famílias que fazem o jogo de POLIANA., jogo de esconde-esconde, do faz de conta. É urgente se fazer esse casamento entre o amor invisível, imaginado, e o amor visível, real e presente. Um amor visível não sobrevive sem o outro. Razão morreria sem a sensibilidade. Amor sem paixão nao vive nem floresce. Por isso que amor é cuidado, zelo, atenção, percepção do entorno...
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Preliminares: Extrai esse clipe com a intenção de que a gente se nos questione e pergunte o que seria enamorar-se em nossos tempos. O mundo é de efemeridades e provisórios compulsórios. O que se constata é que o namoro em nossos dias é mais uma algema, corrente e 'freio de mão puxado', como se diz na linguagem cotidiana. É comum se observar nas escolas as garotas quando começam a namorar: perdem os contatos até então tidos com as amigas, se sentem constrangidas em ter outros contatos, mesmo verbais, com outro homem que nao seja o seu, e fica colado no pretenso namorado. O namoro é mais uma espécie de privatização das carências do que estabelecer uma relação sinérgica com o mundo, estando com outra pessoa. Esse é um modelo decadente, patriarcal, inseguro e dependente de se constituir relações. Assim se pode entender a crítica velada que aparece na novela, 'INSENSATO CORAÇÃO', nos personagens da MULHER BIBI e do homem ANDRÉ GURGEL.
NAMORAR#FICAR - Eles simbolizam uma crítica sutil e velada ao modelo de relacionamento/namoro monogâmicos de nossos dias. Faz-se uma confusão relacional entre ficar e namorar. E as observações feitas aqui, em relação ao ficar, nao podem entendidas como negativas. O ficar faz parte do mundo das relações de hoje. O importante, nesse momento, a fazer é distinguir o que se busca 'em um e no outro.' Relevante é que se tenha a percepção do que significa ficar distintamente do namorar. O complicador é que as pessoas vivem em meio a uma confusão infinita, sendo bombardeadas por essas novas relações modernas pós celular, salas de bate--papo, msn. O que de fato se vive é mais "o ficar do que o namorar." Os relacionamentos de hoje sãoficaçõesao invés de ser enamoramentos. Namorar é um caminho para o emamoramento.Veja a diferença entre o que se indicou antes sobre namorar e o que significa enAMORar. É interessante entender o que seja enamorar-se. [...] enamorar (e-na-mo-rar) (en+amor+ar) vtd 1 Apaixonar, encantar, enlevar: Novato na arte e
muito sensível, pequenas coisas o enamoram. vpr Inflamar-se de amor,
apaixonar-se: Enamorou-se da bela índia. 3 Enlevar-se, extasiar-se:
Enamorou-se das belezas naturais da cidade.[...]Confira uma outra crítica no sitehttp://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2011/06/08/0402CC983562DCB11326.jhtm?garotas-odeiam-o-dia-dos-namorados-e-sofrem-antes-da-data-0402CC983562DCB11326
Namorar e amar- O amor nos lança no mundo. O namoro nos conecta. 'O amor só vive em liberdade e o ciúme é só vaidade,' esse é um trecho da musica MAÇÃdo saudoso, Raul seixas. Não pode haver contradição entre o amor como transformação humana e o namoro como conexão. A vida humana é a historia do amor e do namoro em uma visão com uma configuração anacrônica e decadente. Ambos foram domesticados pela sociedade patriarcal. Amor, na visão dos gregos antigos, nao envelhece e nao se casa. Quem ama seduz, quem namora conecta a si mesmo, aos outros e ao mundo. Esse é o sentido fundante e ontológico do amor. EROS, na mitologia grega, nunca envelhece e sempre seduz e se mantém jovial. O amor faz isso com e nas pessoas. Quem ama sempre estará jovial e seduzindo. Por isso que o amor e o namoro em nossa sociedade estão desfigurados. Foram domesticados, privatizados algemados a um modelo de relacionamento exclusivo e possessivo. Nos relacionamentos monogâmicos da sociedade ocidental o amor se tornou infatilizado, ciumento ao achar que é uma prova de amor que na verdade o outro é tido inconscientemente como propriedade sua; e insegura por que nao amadureceu afetivamente em termos de sinergia humana na relação do casal. Tornou-se em o amor do 'complexo de édipo', na forma de relacionamento embrionário dos primeiros anos de vida entre mãe e filho que passará a ser vivido no decorrer de toda a vida. É esse o tema do livro da Regina navarro. 'A CAMA NA VARANDA'. A familia nuclear educa os filhos, para que estes se tornem dependentes afetivos. Assim é o modelo de família positivista, característica da sociedade brasileira da senzala à casa grande de ontem às de nossos tempos.
Amor é cósmico: Eu sou de todo o mundo e todo mundo é de ninguém.. Será que um dia, os relacionamentos de namoros terão essa perspectiva? Em geral namorar, na visão e prática comum, é isolamento dos outros e ficar só e ilhado no mundo de uma única pessoa; isso é o ideal? Veja como canta Raul Seixas: "Se esse amor; Ficar entre nós dois; Vai ser tão pobre amor; Vai se gastar..." E quando a relação entra em ressaca a pessoa tem que começar tudo de novo. Essa idéia e modo de namoro são herdadas de um modelo patriarcal de relacionamentos. Ele é ordenado para o direcionado ao casamento monogãmico. Namorar é mais do que beijar na boca.. Namorar é ser de ninguem, ser de todo mundo e ser da pessoa em que estamos conectados. O namoro deveria ser conexão. A ele se opõe ficar...Ficar é só se conectar ao sexo do outro. É uma conexão a um corpo sem alma. Platão, em o BANQUETE, um livro simposium discurso sobre o amor; para ele os contatos e uso do corpo só teriam sentido se nos levassem à ANIMA, alma, (essência ontológica) da pessoa.O namoro é a comunicação do corpo-corpo para a alma, rumo a essência, que é a razão, anima, logos, deus.
NAMORO POLI: BI, HOMO, HETERO - Deve ser repensada os modos de se relacionar nos padrões de nossa sociedade. As relações que conectam transformam os que nela estão vnculados. Isso é o obvio que a propaganda da VIVO celular sabiamente captura: 'o amor nos conecta e a conexão nos transforma. Namoro não tem o fim direto de casar-se mais de que as pessoas aprendam a encontrar relacionamentos que sejam conexão vivas. O que muda primeiro, o mundo, as pessoas, tecnologias? - A única coisa que existe é o movimento. A propaganda da TIM fala de uma coisa óbvia; 'por que ser fixo se o mundo é móvel?' É um bom sinal se ter como referência e ponto de reflexão essas duas propagandas... Namorar é buscar, saber se conectar e se transformar. Um espaço se abre para os interesses sexuais. Namorar não é uma atividade apenas hetero. Ser hetero é padrão da cultura ocidental, patriarcal e cristã. O amor é conexão de homem-homem, mulher-mulher, homem-mulher, mulher-homem-mulher, homem-mulher-homem. É uma conexão dual, tríplice ou múltipla/poli; ela pode vir a ser MONOGÂMICA, BÍGAMA, POLÍGAMA e PANSEXUAL. Desde que cada um desses modelos se considere que a paixão, o amor e o desejo jamais poderão ser privatizados, domesticadas e enquadrados. A identidade do namorar é conexão, transformação cuidado. É ser com a pessoa que elejo para conexão em 1ª dimensão, 'sem deixar de ser de ninguém e de todo mundo'. Para o poliamor não se tem ou se busca namorados(as); se busca e se contrói poliamores. E a concepção subjacente é que quem poliamor tem por outro se é com essa pessoa é: cuidado, atenção, zelo , presença e circunspecção.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
SINOPSE
Boris Yellnikoff (Larry David) é um velho rabugento que tem o hábito de insultar seus alunos de xadrez. Ex-professor da Universidade de Columbia, ele considera ser o único capaz de compreender a insignificância das aspirações humanas e o caos do universo. Um dia, prestes a entrar em seu apartamento, Boris é abordado por Melodie St. Ann Celestine (Evan Rachel Wood), que lhe implora para entrar. Ele atende ao pedido, a contragosto. Percebendo sua fragilidade, Boris permite que ela fique no apartamento por alguns dias. Ela se instala e, com o passar do tempo, não aparenta ter planos de deixar o local. Até que um dia lhe diz que está interessada nele.
MENSAGEM
É um filme que alfineta com propriedade questões de relacionamentos humanos e insinua muita coisa que se vive hoje em dia. Ele tece boas críticas aos relacionamentos humanos. Ele sinaliza uma relação tipo MENAGE, acena para uma relação HOMO, de um cara que se casou por que não teve coragem de assumir seu homossexualismo e mostra relações intempestivas... Vale a pena assistir...
SINOPSE
Nesse filme, Dan Millman (Scott Mechlowicz) é um talentoso ginasta adolescente que sonha em participar das Olimpíadas. Ele tem tudo o que um garoto da sua idade pode querer: troféus, amigos, motocicletas e namoradas. Certo dia seu mundo vira de pernas para o ar, quando conhece um misterioso estrangeiro chamado Sócrates (Nick Nolte). Depois de sofrer uma séria lesão, Dan conta com a ajuda de Sócrates e de uma jovem chamada Joy (Amy Smart). Ele descobrirá que ainda tem muito a aprender e que terá de deixar várias coisas para trás a fim de que possa se tornar um guerreiro pacífico e assim encontrar seu destino.
MENSAGEM DO FILMEPROPOSTA
O eixo do filme é que se descubra que viver em um mundo em mudança, ‘o colocar-se a serviço’ deveria ser a tônica recorrente. Ele tem como temática levantar a reflexão de como vivemos e de como deveríamos nos utilizar do poder que temos e que poderemos potencializar na vida. O filme frisa, em vários momentos, que urge tirar o lixo que vai sendo internalizado e acumulado em nossa mente, se tornando uma outra cultive o sensível, obstaculariza a pessoa que perceba o que ocorre e existe em seu entorno. Ele acentua que a disciplina mental, física e de amizade é um elemento indispensável pra quem busca a felicidade. Todos buscam a felicidade e querem ser felizes. A jornada que cada um empreende é que leva a essa felicidade total ou às felicidades efêmeras. Era o caso do ginasta, personagem central do filme. Ele ela o numero 01 como ginasta, tinha uma família rica, só tirava 10 na faculdade, só fica dormia sozinha quando queria mais lhe faltava algo. Existe um ator-interlocutor do ginasta que é designado Esse algo que lhe faltava ele descobriu no preposto personagem que ele chamava de Sócrates.Ele se foi colocado como o interlocutor imaginário e real. SÓCRATES em filosofia é o paradigma de toda educação e da busca da identidade de seu eu. E essa identidade e esse eu só pode ser descoberto quando se faz a jornada do CONHECE-TE A TI MESMO. E só galga e chega ao seu eu mais profundo quem se coloca a serviço, quem não tem sensibilidade e quem não tem disciplina jamais fará uma jornada bem sucedida na vida, alcançará a felicidade e isso foi o que ocorreu com o acidente sofrido pelo ginasta. Assim é a vida, assim poderemos ser e deixar de ser.